Observe sua criança desde a concepção e evite um transtorno de conduta!
Por Pp Fatima Santa Cruz
Precisamos levar em consideração que toda dificuldades de aprendizagem, normalmente surge ainda no útero materno, ou durante o desenvolvimento destas crianças. Aqui não sito transtornos ou Síndromes, mas sim aquela dificuldade que enquanto professor vivemos procurando.
Portanto faz-se necessário observar o desenvolvimento desta criança desde o seu período intrauterino.
Sendo assim investigar como se deu a maturação desta criança. Segundo Grusspun, 1998, Entende-se por Maturação a sequência dos processos evolutivos pelos quais passa o ser humano, desde a concepção até a maturidade.
Para fins acadêmicos a maturação segue quatros categorias para se sustentar. São elas, física, intelectual, emocional e social. Qualquer uma destas em desequilíbrio pode acarretar numa dificuldade de aprendizagem, em qualquer momento da vida . No entanto, percebe-se mais claramente as dificuldades nas crianças ao final da primeira infância. Por volta dos 6 /7 anos, inicio da alfabetização.
logo, o crescimento está intimamente ligado a maturação, só que o crescimento é avaliado quando observamos as categorias físicas e intelectuais das crianças, e a maturação quando avaliamos as categorias emocionais e sociais.
Para você entender bem, perceba uma criança que faz 2 anos no meio do ano, ela pode ter tido uma avaliação muito boa em relação ao seu físico (é alta , a maior do grupo) em relação a sua cognição( da repostas exatas além do esperado) no entanto, quando avaliamos a mesma crianças nas categorias relacionadas a emoção esta criança é tão bebê ainda, imatura, e em relação a socialização, ainda vive na fase do egocentrismo. Assim podemos perceber um erro, se evoluímos esta criança em relação as duas primeiras categorias, algo ficará desalinhado, podendo futuramente surgir como uma dificuldade de aprendizagem. Note as crianças prematuras, elas muitas vezes são "mega" inteligentes, mas se faz necessário observá-la bem de pertinho, para que nada fique a dever futuramente,por exemplo: Ao chegar numa série que vá cobrar mais desta criança, talvez ela não consiga corresponder. Isto causa frustração nos pais e nas crianças.
Portanto fica aqui um alerta ao psicopedagogos e professores, precisamos , conhecer mais o desenvolvimento ontogenético¹ da conduta das crianças.
Para que se entenda uma pouco desta evolução, precisamos entender que a mãe nos primeiros momento e anos da vida da criança é peça fundamental, a necessidade de afeto é muito importante neste período. Pois, somente no segundo ano da criança é que a figura do pai passa a ser relevante para está criança.
Crianças que sofrem falta de afeto nos primeiros anos de vida (pode faltar a mãe, mas alguém precisa assumir este lugar) frequentemente demonstram um desenvolvimento não normal da personalidade.
As observações de Spitz e de Bakwin são concluentes sobre as consequências da falta de afeto, pois chegam a descrever casos de morte por carência afetiva, quer quando há afastamento natural, quer quando artificial,devendo ser programado o horário da assistência pessoal afetiva da mãe substituta, sempre a mesma.
Precisamos lembrar que o recém-nascido é totalmente dependente e passivo, portanto não tem noção de tempo, espaço, distancia e ao sentir fome se sente perdido por isto chora, para ser atendido, pois, percebe que se chorar alguém virá para atendê-lo. aos 3 / 4 meses já começa a perceber e a antecipar a chegada do alimento, sua visão já é capaz de perceber o seio materno ou a mamadeira. É neste momento que se não for atendido com afeto, a criança poderá desenvolver um distúrbio na conduta.
segundo Grunspun, a criança que não recebe suficiente afeto neste primeiro ano, projetará as consequentes sensações no ambiente e não terá, por isso, equilíbrio emocional necessário para aceitar o mundo e nele ser aceito. Surgindo assim a primeira dificuldade.
¹. ontogenético: Origem e desenvolvimento de um organismo desde o embrião.